Só uma gota

Já era madrugada, havia me formado a pouco. Cai dançando com o vento, tendo por musica os trovões que enchiam de som aquela noite chuvosa. Alucinante e desvairado o vento me conduziu a uma janela aberta.
Adentrei o comodo e me precipitei em um rosto adormecido. Eu era a gota d'água aquela que o acordou depois de tantas outras, a escolhida. Ele acordou, mas não abriu os olhos. Não me limpou de seu rosto. Simplesmente curtiu o som da chuva tamborilando nas diferentes superfícies e o rimbombar distante dos trovões.
Ainda de olhos fechados, mas com mente aberta, uma imagem foi surgindo em seu subconsciente. A imagem de uma menina. Primeiramente sorrateira, tomando conta aos poucos de seus pensamentos e em seguida de forma avassaladora. Em poucos instantes nada mais importava, nem minhas irmãs que insistiam em tocar-lhe a face, nem os trovões barulhentos.
Mas não uma menina qualquer. Uma menina a quem ele admirava, a quem ele desejava e a quem ele queria bem. Aquela imagem, idealizada por um amor platônico, revelava a garota. Aquela que mesmo sendo insegura, sabia muito bem o que queria. Aquela que mesmo sendo inflexível, sabia ser meiga. Aquela para quem ele entregaria seu coração sem exitar.
Ele já não conseguia controlar, queria ela e queria agora. Impossibilitado de manter os olhos fechados decidiu sair do torpor. Abriu os olhos colocou as mãos por trás da cabeça,reparou que já começava a clarear. Ficou ali pensando nela, inquieto. Bolava planos mirabolantes para conquista-la, se imaginava ao seu lado. Mas aquilo tudo não era o suficiente para aplacar o desejo. Tomou um banho, pegou o capacete e saiu.
Autor da foto: http://www.flickr.com/photos/evaekeblad/
2 Comentários:
Que lindooo texto!
PELO MENOS ELE PEGOU O CAPACETE
hahaha
beijãoo e parabéns
Para saber o final é só continuar indo lá!
hahaha
POSTEI A CONTINUAÇÃO EIM
bjo
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